terça-feira, 22 de outubro de 2013

Temos o poder!



Vivemos em um tempo em que as coisas mudam com tanta rapidez que nem sempre conseguimos acompanhar: Seja a tecnologia ou os meios de nos relacionarmos, tudo é muito volátil.

Talvez aí se encontre um certo perigo: eu utilizo as “coisas” ou são elas que me utilizam? Sou dono do meu celular ou ele é que me comanda? Me relaciono apenas para obter o que preciso ou realmente me preocupo com as pessoas?



Ora, muita coisa muda porém entendemos que Deus não muda! Ele é o princípio e o fim, Aquele que É, Jesus Cristo não se prende ao tempo nem é capaz de mudar como nós para se adequar às necessidades.

Mas onde entra as relações de poder? É naturalmente aceitável que eu seja o dono do meu aparelho eletrônico, das minhas contas, dos meus afazeres e obrigações. Mas não é comum que as minhas relações me faça dono das pessoas e que elas estejam somente para me satisfazer: isso não é ser cristão!

Quando eu, que participo ativamente das atividades de minha Comunidade Paroquial (no canto, na catequese, servindo ao Altar ou aos pobres etc) e ainda recebo de Deus a missão de conduzir um grupo de pessoas, devo ser totalmente responsável por aquele ou aqueles a quem Deus me confiou. É aí que vejo o perigo: poder! Poder de que? Poder sobre o que ou quem? Não é Deus quem faz tudo? Não é Ele o todo-poderoso a quem eu devo levar os meus? Penso que às vezes não é bem assim...
 
Jesus Cristo nunca abusou do seu poder em detrimento do bem-estar de outros. Pelo contrário! O que vemos nos Evangelhos é o poder do serviço, da capacidade de ouvir, da opção pelos mais fracos e pelos injustiçados. Ser um líder na Igreja nos impele a buscar ser como Jesus é: mais um com os seus irmãos-amigos e não servos. Já passou da hora de me gabar de ser o “chefe” (?) deles ou de ter a última palavra para tudo: estamos indo para o mesmo lugar e nos encontraremos Lá!




Peçamos a Deus o poder de enxergar o desejo de Deus para os nossos e a partir disso ser capaz de renunciar a qualquer tipo de vaidade ou desunião.

Fiquem com Deus!

Lucas Cavalcante
22/10/2013

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