Vivemos
em um tempo em que as coisas mudam com tanta rapidez que nem sempre conseguimos
acompanhar: Seja a tecnologia ou os meios de nos relacionarmos, tudo é muito
volátil.
Talvez
aí se encontre um certo perigo: eu utilizo as “coisas” ou são elas que me
utilizam? Sou dono do meu celular ou ele é que me comanda? Me relaciono apenas
para obter o que preciso ou realmente me preocupo com as pessoas?
Ora,
muita coisa muda porém entendemos que Deus não muda! Ele é o princípio e o fim,
Aquele que É, Jesus Cristo não se prende ao tempo nem é capaz de mudar como nós
para se adequar às necessidades.
Mas
onde entra as relações de poder? É naturalmente aceitável que eu seja o dono do
meu aparelho eletrônico, das minhas contas, dos meus afazeres e obrigações. Mas
não é comum que as minhas relações me faça dono das pessoas e que elas estejam
somente para me satisfazer: isso não é ser cristão!
Quando
eu, que participo ativamente das atividades de minha Comunidade Paroquial (no
canto, na catequese, servindo ao Altar ou aos pobres etc) e ainda recebo de
Deus a missão de conduzir um grupo de
pessoas, devo ser totalmente responsável por aquele ou aqueles a quem Deus me
confiou. É aí que vejo o perigo: poder! Poder de que? Poder sobre o que ou
quem? Não é Deus quem faz tudo? Não é Ele o todo-poderoso a quem eu devo levar
os meus? Penso que às vezes não é bem assim...
Jesus
Cristo nunca abusou do seu poder em detrimento do bem-estar de outros. Pelo
contrário! O que vemos nos Evangelhos é o poder do serviço, da capacidade de
ouvir, da opção pelos mais fracos e pelos injustiçados. Ser um líder na Igreja
nos impele a buscar ser como Jesus é: mais um com os seus irmãos-amigos e não
servos. Já passou da hora de me gabar de ser o “chefe” (?) deles ou de ter a última
palavra para tudo: estamos indo para o mesmo lugar e nos encontraremos Lá!
Peçamos
a Deus o poder de enxergar o desejo
de Deus para os nossos e a partir disso ser capaz de renunciar a qualquer tipo
de vaidade ou desunião.
Fiquem
com Deus!
Lucas Cavalcante
22/10/2013
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