segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Relacionamento X Objetivos Pessoais




Estamos em tempo em que os relacionamento duram cada vez menos: começam intensos, cheio de  interesse e em pouco tempo vão se acabando com a mesma rapidez e intensidade com que começaram...

Ouvi certo dia de uma pessoa próxima: “decidi que não vou mais sofrer por amor e que vou focar no crescimento pessoal...” Fiquei pensando: e não são a mesma coisa?

É a mesma coisa sim! E talvez nós não paremos para pensar que em nossa vida tudo faz parte do crescimento pessoal: ora, se eu arrumo um bom emprego e conquisto meu diploma nos estudos, é possível dividir estas conquistas entre pessoal, financeira ou profissional? Penso que tudo contribui para o meu crescimento pessoal.

E o crescimento espiritual? É possível dividi-lo e deixá-lo separado das outras coisas? Seria tolice...

Então, antes de qualquer coisa pensemos: Sou um todo, seja nos meus sucessos ou nos meus fracassos... E muitas vezes o que consideramos infortúnio pode nos servir para o crescimento tanto quanto os sucessos...

Voltemos aos relacionamentos: você gostaria de se relacionar com alguém que só pensa nos estudos? Ou que só tem olhos para você e sequer pensa na sua vida financeira e projetos para o futuro (casamento, filhos etc)? Como sempre, recomendo o equilíbrio.

Conhecemos pessoas que são exemplos de desempenho profissional, porém fracassam sempre em relacionamentos amorosos, conhecemos também o contrário: aqueles que sempre estão acompanhados mas que parecem “não querer nada com a vida”.

Hoje somos cobrados por tudo que fazemos e pelo que não fazemos, e a máxima “sorte no jogo, azar no amor” deve ser revista. Afinal, é plenamente possível o convívio harmônico de tudo isso.

Busquemos o amadurecimento em tudo!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Radical? Onde?






Estamos em um mundo onde precisamos, a cada dia, tomar parte em escolhas. O que é bom ou ruim, o certo e o errado, bem ou mal, ser feliz ou não... E cada vez mais há rótulos que precisamos nos encaixar.

Na vida de igreja não é diferente: vivemos também em um meio social e como tal, na igreja acabamos refletindo nossos comportamentos. De forma alguma vejo isso como negativo até pelo fato que não enxergo com bons olhos os que são diferentes no trabalho, casa, escola, igreja etc. Deus nos quer como somos e estamos!

Dentre os rótulos, há os que se dizem radicais ou, usando palavras bonitas, “ortodoxos”, e que geralmente se valem do passado histórico para se colocarem muitas vezes como superiores aos outros.

Cuidado! Não vejo o passado da Igreja como algo que não deva ser usado de exemplo para o presente e tampouco como algo nocivo. Nocivo será se isso for ferramenta para qualquer forma de segregação entre nós. Explico: o fato de eu comungar de joelhos não me faz melhor do que os que não o fazem, se critico a forma ordinária da Santa Missa e exalto as outras fórmulas (que são tão belas quantos e estão TODAS a serviço dos cristãos) ou situações em que a minha experiência seja colocada como fato e eu não aceite argumentos . Talvez o mais prudente seja sempre buscar o equilíbrio, buscando a ascese naquilo que me é peculiar, naquilo em que eu me identifico. Tornar-se escravo do ritual e não olhar para o que há de mais belo e vivo é preocupante. A radicalidade nos configura a Jesus Cristo e nada mais deve importar.

Mais uma vez, cuidado! Antes de ortodoxos ou radicais, carismáticos ou marianos... sejamos católicos e possuidores dos tesouros de Cristo em toda sua plenitude e naquilo que há mais belo nele: a humildade e o serviço. Pensemos em Pentecostes: a Unidade deve nos unir e não segregar...

Deus. Sempre!

Lucas Cavalcante

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Perdoei! E agora?








Nós cristãos, somos sempre motivados a amar e a perdoar o nosso irmão e irmos mais longe: também os inimigos!



Quando nos sentimos ofendidos nem sempre o outro sabe que nos ofendeu. E agora? Devo perdoar, mas quais as consequências? O que vai mudar na minha vida e na vida do outro?



Perdoar é sempre uma opção, porém não é o fim da nossa ação. Na realidade, penso que perdoar é um processo que se inicia com a decisão... Parece-me verdadeiro que perdoar seja questão de bom senso. Se não perdôo, nada muda na vida do outro. Se eu perdôo eu mudo!



Se você já se sentiu magoado, ferido, traído ou algo parecido, penso também que já pensou em perdoar e que esta decisão não foi fácil. Perdoar não significa simplesmente tocar a vida pra frente, relembrar oportunamente e jogar na cara do perdoado que fomos virtuosos em aceitar aquela pessoa de volta em nossas vidas.



Pensemos em Jesus, que já na cruz diz para que Pai perdoasse, pois eles não sabiam o que faziam... Aquela decisão de ir à cruz significou que Jesus até hoje está pronto para nos perdoar a qualquer momento: e nos deu o Sacramento da confissão!






Perdoar de verdade significa ser como Jesus Cristo e esquecer o mal sofrido. É a decisão diária de reescrever a história sem ressentimentos, sem o desejo de revidar ou ainda querer demonstrar-se melhor que o outro. Perdoar é uma grande virtude. E perdoar de verdade é uma virtude para poucos.



Quem perdoa cresce, ajuda o outro a crescer e ainda faz a feliz opção pela felicidade sem olhar para o passado para construir o futuro.

Lucas Cavalcante
04/11/2013