Estamos em um mundo onde
precisamos, a cada dia, tomar parte em escolhas. O que é bom ou ruim, o certo e o
errado, bem ou mal, ser feliz ou não... E cada vez mais há rótulos que
precisamos nos encaixar.
Na vida de igreja não é
diferente: vivemos também em um meio social e como tal, na igreja acabamos
refletindo nossos comportamentos. De forma alguma vejo isso como negativo até
pelo fato que não enxergo com bons olhos os que são diferentes no trabalho,
casa, escola, igreja etc. Deus nos quer como somos e estamos!
Dentre os rótulos, há os que se
dizem radicais ou, usando palavras bonitas, “ortodoxos”, e que geralmente se
valem do passado histórico para se colocarem muitas vezes como superiores
aos outros.
Cuidado! Não vejo o passado da
Igreja como algo que não deva ser usado de exemplo para o presente e tampouco
como algo nocivo. Nocivo será se isso for ferramenta para qualquer forma de
segregação entre nós. Explico: o fato de eu comungar de joelhos não me faz
melhor do que os que não o fazem, se critico a forma ordinária da Santa Missa e
exalto as outras fórmulas (que são tão belas quantos e estão TODAS a serviço
dos cristãos) ou situações em que a minha experiência seja colocada como fato e
eu não aceite argumentos . Talvez o mais prudente seja sempre buscar o
equilíbrio, buscando a ascese naquilo que me é peculiar, naquilo em que eu me
identifico. Tornar-se escravo do ritual e não olhar para o que há de mais belo
e vivo é preocupante. A radicalidade nos configura a Jesus Cristo e nada mais
deve importar.
Mais uma vez, cuidado! Antes de
ortodoxos ou radicais, carismáticos ou marianos... sejamos católicos e
possuidores dos tesouros de Cristo em toda sua plenitude e naquilo que há mais
belo nele: a humildade e o serviço. Pensemos em Pentecostes: a Unidade deve nos
unir e não segregar...
Deus. Sempre!
Lucas Cavalcante
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