quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Radical? Onde?






Estamos em um mundo onde precisamos, a cada dia, tomar parte em escolhas. O que é bom ou ruim, o certo e o errado, bem ou mal, ser feliz ou não... E cada vez mais há rótulos que precisamos nos encaixar.

Na vida de igreja não é diferente: vivemos também em um meio social e como tal, na igreja acabamos refletindo nossos comportamentos. De forma alguma vejo isso como negativo até pelo fato que não enxergo com bons olhos os que são diferentes no trabalho, casa, escola, igreja etc. Deus nos quer como somos e estamos!

Dentre os rótulos, há os que se dizem radicais ou, usando palavras bonitas, “ortodoxos”, e que geralmente se valem do passado histórico para se colocarem muitas vezes como superiores aos outros.

Cuidado! Não vejo o passado da Igreja como algo que não deva ser usado de exemplo para o presente e tampouco como algo nocivo. Nocivo será se isso for ferramenta para qualquer forma de segregação entre nós. Explico: o fato de eu comungar de joelhos não me faz melhor do que os que não o fazem, se critico a forma ordinária da Santa Missa e exalto as outras fórmulas (que são tão belas quantos e estão TODAS a serviço dos cristãos) ou situações em que a minha experiência seja colocada como fato e eu não aceite argumentos . Talvez o mais prudente seja sempre buscar o equilíbrio, buscando a ascese naquilo que me é peculiar, naquilo em que eu me identifico. Tornar-se escravo do ritual e não olhar para o que há de mais belo e vivo é preocupante. A radicalidade nos configura a Jesus Cristo e nada mais deve importar.

Mais uma vez, cuidado! Antes de ortodoxos ou radicais, carismáticos ou marianos... sejamos católicos e possuidores dos tesouros de Cristo em toda sua plenitude e naquilo que há mais belo nele: a humildade e o serviço. Pensemos em Pentecostes: a Unidade deve nos unir e não segregar...

Deus. Sempre!

Lucas Cavalcante

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